domingo, 3 de junho de 2012

Poesia - Teatro das Isenções

TEATRO DAS ISENÇÕES Não serei a epifania do agouro serei as entrelinhas da anunciação. Para isso, delinearei as inglórias as paixões embebecidas as ilusões suicidas. Não interpretarei o rei que me consome sua personagem é irreal viverei a personagem João sem subnome de mãos calejadas da cena da vida real. Antes do fim do ato encerrado a ribalta às escuras a coxia esvaziada o camarim habitado por fantasmas. Serei espectador de mim mesmo drenarei meus mistérios mastigarei todo meu texto sentirei isenções antes nunca vividas.