terça-feira, 17 de maio de 2011

POESIA - SOLILÓQUIO

### SOLILÓQUIO ###
Guardo tudo para o final, principalmente as palavras. Farei o discurso de despedida... no final do túnel, no final da carreira, no final da estrada, no final da vida.
Enquanto não chega à hora, podemos tomar um café... o meu com leite, não bebo café puro. Não coloque açúcar, tenho diabetes. Por favor, não ligue a televisão, não acredito nos meios de comunicação. Prefiro ler um livro, a ter que assistir o inverossímil.
Quantas vezes não sou eu? ... se bem sei, sou classificado de jornal com anúncio indecifrável, assim sou eu. Do alto, da torre da igreja de Sant`Ana, que mal há gritar em sons de sinos? Fazes-me infeliz sua falta... é tão bom ouvir os sons dos sonhos. Eu não sei se alcançarei a terra-treva, ou abraçarei o que não existe-persiste.