segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Tirei este fim de semana, para reler alguns livros do teólogo e ex-frade franciscano Leonardo Boff. Tive a honra de conhecê-lo e de ser seu aluno, no Instituto Franciscano de Teologia de Petrópolis, no início dos anos 90, quando foi aluno deste renomado centro teológico. Nosso primeiro encontro deu-se fora da sala de aula, foi no jardim do Convento do Sagrado Coração, no bairro da Mosela, fui levado até ele pela coordenadora, Profª. Laura Werneck, após as apresentações fiquei a sós com ele conversando, mal conseguia abrir a boca, diante daquele homem, tal sábio, e ao mesmo tempo revestido de tanta humildade. Nesta época, ele já estava censurado pelo o Vaticano, com o silêncio obsequioso, em razão do seu “Igreja:Carisma e Poder”. Censura esta imposta pelo o então Cardeal Josepf Ratzinger, hoje o Papa Bento XVI. Ficarmos mais ou menos uma hora e meia de prosa, as poucas vezes que abrir a boca, foi para dizer-lhe que tinha lidos seus livros e ficado encantado pela sua eclesiologia militante. A partir daquele dia ele sempre demonstrou um carinho para com a minha pessoa, ficou uma relação de mestre e discípulo. Dos 26 livros que tenho da autoria de Leonardo Boff, o que mais me causa forte emoção após cada leitura, são: “Francisco de Assis – ternura e vigor”, “O rosto materno de Deus” e “A águia e a galinha”. Todos estes livros são autografados pelo o mestre e estão guardados em especial lugar na minha estante. Foi com Leonardo Boff que aprendi que a igreja antes de tudo, tem que acolher os pobres e não oprimi-lo. Fora deste contexto a teologia se torna opressora, e a verdadeira teologia é libertadora.