quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

CONCENTRAÇÃO DE PODER MONETÁRIO

O Ministério Público deveria fazer uma averiguação aprofundada nas cobranças exorbitantes que os bancos nos usurpam, a título de tarifas bancárias. É tarifa de manutenção de conta, é tarifa de saque efetuado em terminais eletrônicos fora da agência de origem, é tarifa de cheque avulso, é tarifa para Doc, é tarifa para Ted, é tarifa de Cheque Especial, que de especial não tem nada, é uma corda no pescoço, enfim, tudo é literalmente dinheiro quando o assunto é banco. No mês passado tive um total de despesas no valor de R$ 269,58, referente às tarifas bancárias, isso é ultrajante, é obsceno mesmo. Pois não tem nada mais pornográfico do que as artimanhas usadas pelos os bancos. A gente colocar dinheiro no banco, o banco pegar o dinheiro faz várias transações, ganham rios de dinheiro em cima do dinheiro da gente, e ainda somos obrigados a pagar tarifas bancárias, para mim isso é estelionato. E quando o correntista quer fazer um saque de valor mais elevado, praticamente tem que implorar ao gerente da agência para ele liberar, por que na verdade o nosso dinheiro, uma vez depositado, ele se torna dinheiro virtual, ou seja, é nosso mais pra ter-lo de volta temos que fazer uma solicitação de 24 horas de antecedência, mesmo assim o gerente tenta a todo custo fazer a gente dissuadir da idéia da retirada do dinheiro. Os bancos têm lucros líquidos astronômicos, pagam salários risórios para seus funcionários, e ainda costumam maquiar seus balancetes para sonegarem impostos. Analisem comigo! Segundo uma divulgação do Banco Central do Brasil, existem mais de 120 milhões de contas abertas em todo Brasil, com cada correntista pagando as tarifas cobradas, não precisa ser matemático para saber que só com as cobranças tarifarias os bancos lucram uma dinheirama. Em um país de pobres e miseráveis é chocante vê a maior concentração de poder monetário nas mãos dos banqueiros brasileiros. Acredito que teremos de retroagir, e voltar a praticar o costume comum da época dos nossos avôs: guardar dinheiro dentro do colchão de dormir, para não sermos roubados pelas instituições bancárias.