HERMES FONTES - UMA TRISTE PARTIDA

Mesmo com toda a grandeza da celebração do dia 25 de dezembro, nesta data eu sempre me vejo pensando no fatídico 25 de dezembro de 1930. Foi nesse ano que aconteceu o desaparecimento, do plano terrestre, do intelectual sergipano Hermes Fontes. O poeta conterrâneo, que pertenceu ao Simbolismo, nasceu na cidade de Boquim, todavia, viveu desde sua adolescência no Rio de Janeiro. Eu sempre faço ressalvas quando o assunto é o motivo que levou o desaparecimento do poeta: foi uma triste partida. Sintetizo o acontecimento. Há pessoas que vivem por amor, outras lutam incansavelmente pelo o amor, e tantas morrem de amor. Hermes Fontes morreu por amar demais, por ter como fonte de vida o amor. Amou tudo e a todos de maneira incomensurável, sem restrições. E por ser o amor, um sentimento sem medidas, ele provoca arrebatamentos. Nem um poeta foi tão apaixonado, feito Hermes Fontes, sua poesia cheia de lirismo, registra nitidamente o interior de um poeta apaixonado. Autor da belíssima canção “Luar de Paquetá”, a carioca ilha bucólica era uma das suas paixões. Enfim, o amor palmilhou os caminhos da existência do sempre amado e lembrado poeta boquinense Hermes Fontes.